Araras confirma dois casos de coronavírus

Ramon Rossi

Com postura característica de São Tomé, um dos 12 apóstolos de Cristo, que só acreditava vendo, os ararenses sentiram na pele na noite do último sábado (4), que quarentena não é férias e Coronavírus (Covid-19) não é fruto da imaginação. 

Ruas movimentadas, praças lotadas, filas em lotéricas, bancos,  supermercados e manifestações que pedem a reabertura do comércio. Com esse cenário, Araras confirmou dois primeiros casos da doença.

Nas últimas semanas, a prefeitura de Araras divulgou boletins diários em entrevistas com profissionais da saúde, que ressaltavam a importância do isolamento social neste momento – bandeira que inclusive o prefeito Junior Franco (DEM) levantou apesar das constantes manifestações – principalmente nas redes sociais, que pediam uma mudança em sua postura cuidadosa.

O chefe do Executivo decretou em 21 de março a suspensão dos serviços presenciais na cidade, mantendo apenas comércios considerados essenciais como supermercados, farmácias, borracharias, entre outros. Não demorou muito para que uma parcela da população se manifestasse contrária a atitude, que faz parte da indicação do Ministério da Saúde e da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Segundo nota da Secretaria Municipal da Saúde, os pacientes infectados têm entre 40 e 50 anos e estão internados em isolamento e, de acordo com informações médicas, não apresentam quadro grave de saúde e estão sendo monitorados pela  equipe da Vigilância Epidemiológica para detectar como aconteceu o contágio dos pacientes.

Especialistas dizem que o isolamento social tem como principal objetivo diminuir a curva de contágio do vírus. Ainda, de acordo com médicos, o objetivo é evitar que grande quantidade de pessoas fiquem doentes ao mesmo tempo, o que levaria a um colapso no sistema de saúde do país. 

Apesar disso, nos últimos dias, sem casos confirmados na cidade, a população parecia desacreditada com relação ao impactos da doença. Resta saber, agora, se a confirmação será suficiente para que as pessoas sigam as recomendações médicas.

Redação JC: