Ao caminhar com seu ‘cãopanheiro’, cidadã dá exemplo recolhendo lixo pelo caminho

Todos querem viver em um ambiente agradável, limpo e com uma boa estrutura. Quando o assunto é atividade física, estar em um local com as características citadas acima se torna fundamental para a prática, mas é fundamental que muitas vezes não se espere do outro ou somente do poder público e, como cidadão, faça sua parte.

Esse é o pensamento e também o papel exercido pela professora aposentada Claudia Rocha Mazine, que desde 2014, três vezes por semana, a moradora da região do aeroclube caminha no espaço com seu companheiro fiel, o Tomé, e recolhe o lixo reciclável espalhado pelo chão e depois dispensa no local adequado, ali mesmo.

Ela explica que, quando começou, chegava a juntar cinco sacolas de lixo reciclável e hoje, felizmente, o material depositado no chão de maneira incorreta tem diminuído apenas para uma ou duas sacolinhas, no máximo.

“Quando me aposentei, resolvi intensificar minhas atividades físicas e fiquei indignada com a sujeira. Então transformei minha indignação em atitude. Comecei a recolher esse material sempre nas minhas caminhadas com o meu parceiro Tomé e a descartar de maneira correta, no lixo de recicláveis que existe aqui na região do aeroclube”, conta a professora aposentada, que denominou a ação como Cãopanha do Tomé.

Claudia explica ainda que é apenas uma cidadã que quer ter o direito de praticar atividade física num local limpo e bem cuidado.

“Eu acredito que esse papel é de todos, não apenas do poder público, basta termos um pouco mais de educação, não adianta ter mais lixeiras, o que acaba faltando mesmo é consciência das pessoas de que é preciso manter o lugar que frequentamos limpo e que somos nós quem devemos fazê-lo”, fala.

EXEMPLO

A tutora de Tomé comenta ainda que a ideia de falar sobre o assunto é propagar a iniciativa.

“Precisamos de mais pessoas cuidando dos nossos espaços, não esperar que outros façam. Rio Claro está bem servido quanto à coleta de lixo, Ecopontos e também o Cata-Bagulho. É uma questão de consciência social. Se a pessoa tem uma praça, uma área perto de casa e costuma frequentar e observa o lixo depositado de maneira incorreta, leve uma ou duas sacolinhas, se passeia com o pet, além de recolher o cocô, também é possível recolher esse lixo deixado”, finaliza.

Laura Tesseti: