Ações de gentileza repercutem na internet

Lucas Calore

A data do dia 23 de agosto já é marcante para o motorista Jean Carlos Rodrigues, de 40 anos. A poucos dias de completar o primeiro mês no novo emprego, na empresa de transporte público Rápido SP, Jean passou por uma situação “comum”, como disse, mas que gerou comoção.

Naquela terça-feira, Cristiane Oliveira embarcou com seu pai, Rubens, de 82 anos, deficiente visual. O destino era ir até a UPA da Avenida 29. Jean precisou estacionar o ônibus em um local longe do ponto, pois nele havia carro e, para ajudar, pediu autorização ao senhor para carregá-lo e levá-lo até a porta da unidade hospitalar.

Gentileza gera gentileza: motorista repercute na web

Repercussão

Foi o bastante para que, horas mais tarde, a filha do senhor usasse um grupo na internet para fazer um agradecimento: “Este moço foi extremamente gentil e até carregou nos braços meu pai, que é cego e idoso, nem mesmo pessoas da minha família fariam isso por ele”, disse na mensagem.

O resultado foi mais de duas mil pessoas curtindo a publicação e dezenas de comentários e compartilhamentos. “Fiquei muito surpreso primeiramente com a atitude dele em perguntar o meu nome e agradecer. Depois, com o fato de ela ter publicado agradecendo. Uma atitude simples, normal, gerar o que gerou é porque estamos com uma deficiência de humanidade mesmo”, desabafa Jean.

Para o motorista, que tem um tio deficiente, a ‘pressa’ é o problema que acarreta na falta de gentileza das pessoas hoje em dia. “Eu sou um ser humano, podemos errar e acertar. Posso atrasar a linha, mas vou estar sempre ajudando a quem precisa. Agradeço muito pelas mensagens. Para fazer o bem tem que estar bem”, finaliza.

Gentileza

“O que me emocionou com o Jean foi quando ele saiu do ônibus, pediu pra todos os passageiros esperarem e carregou meu pai no colo, porque teve que estacionar o ônibus longe da calçada, pois tinham carros no lugar da parada do ônibus”, conta Cristiane. Ela acredita que fatos assim não são comuns, por isso gerou comoção. “É prova de que ainda existem pessoas de bom coração e amor ao próximo. Atos assim não deveriam ser exceção’”, afirma.

Redação JC: