Antonio Archangelo

água torneira
De acordo com a autarquia, a média praticada no Brasil é R$ 2,30/m³ e em São Paulo de R$ 2,07/m³, “valores superiores aos de RC

Em resposta enviada à Câmara Municipal, o Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) afirmou que, em média, o rio-clarense paga R$ 1,99 pelo metro cúbico de água tratada (mil litros), a chamada tarifa de abastecimento de água.

De acordo com a autarquia, a média praticada no Brasil é R$ 2,30/m³ e no Estado de São Paulo de R$ 2,07/m³, “valores superiores aos praticados no Município”.

Para o Daae, a média das tarifas também apresenta valores inferiores quando comparadas aos municípios da região, cujos prestadores do serviço são empresas privadas. Nestes casos, a média é de R$ 2,42/m³.

No documento, que responde às indagações contidas inicialmente em requerimento que pedia abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), arquivada na última semana, a administração reafirma que “o sistema hidráulico do município passar por profundas transformações desde 2009, quando o volume de investimentos aumentou consideravelmente, comparado aos anos anteriores”. “No período de 2009 a 2014, foram aplicados e encontram-se em andamento investimentos acima de R$ 60 milhões”, alega.

Sobre a troca de hidrômetros e as reclamações da comunidade, o documento diz que a troca “não aumenta o consumo de água”. “O consumo está associado ao uso da água e independe da troca do aparelho. Porém, com a troca, pode ocorrer aumento do valor da conta, pois o novo equipamento terá maior precisão na medição, detectando o consumo que antes não era completamente registrado pelo equipamento antigo”.

A autarquia avisa que, no período de 2013 a 2017, até 15% dos hidrômetros serão trocados a cada ano; número que passará para 12% entre 2018 e 2022. A partir do ano de 2023, até 10% dos hidrômetros da cidade serão trocados anualmente.

Sobre a constante falta de água, o documento alega que em 2000 o Daae iniciou um estudo técnico visando à recuperação do sistema hidráulico de Rio Claro, que culminou no Plano de Controle de Perdas ou Plano Diretor de Perdas, que prevê várias tecnologias para adequação do sistema hidráulico do município.

“Porém, devido aos parcos recursos financeiros, estas obras não saíram do papel, sendo que apenas em 2007, quando o município recebeu verbas federais do PAC I, pudemos começar a implantação destas tecnologias, como os serviços de traca de redes e setorização do sistema”.

Sobre o tratamento de esgoto, o Daae confirma que a cidade trata 55% do esgoto e coleta 99,5%. Em 2013 foi registrada a geração, transporte e disposição de mais de 3.200 toneladas de resíduos, limpeza de 162 km de redes, atendimento a 1.062 desentupimentos de rede, cadastro completo, execução direta de 589 novas ligações de esgoto, 117 reparos de redes, 442 reparos de ligação, 145 reparos em poços de visitas e 13,6 mil outros atendimentos. O Daae também cita “burocracia” que teria atrasado o cronograma das obras pela parceira.

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