O advogado Renato De Matteo, de 37 anos, deixou a prisão e está morando em Milão, informaram os jornais italianos Corriere Della Sera – um dos maiores e mais antigos da Itália – e Cronache della Campania, um noticiário on-line. O rio-clarense havia sido preso em Roma, no mês de fevereiro, ao desembarcar de um voo dos Estados Unidos.

De acordo com o jornal Corriere, após dois meses de prisão, “o Tribunal de Recurso de Roma, recebendo os documentos dos juízes brasileiros, observou que as razões pelas quais o réu deve ser extraditado ao Brasil não existem”, afirma a reportagem que cita, ainda, que Renato de Matteo se tornou “refém” da Justiça brasileira. O advogado do rio-clarense, Alexandro Maria Tirelli, observou à reportagem que “as regras do tratado entre a Itália e o Brasil foram violadas, o que impede vários pedidos de extradição em relação aos mesmos fatos”.

Conforme o Jornal Cidade informou, o rio-clarense é procurado pela Polícia Federal e integrava a lista da Interpol. Ele é investigado e apontado, por meio da Operação Encilhamento, como mentor de um esquema que teria desviado R$ 1,3 bilhão através de títulos privados sem lastro com empresas fantasmas em fundos de investimentos.

Outro advogado que defende De Matteo, Nicola Corrado, declarou ao Corriere que “do ponto de vista político, eu não gostaria que meu cliente fosse considerado como uma moeda de barganha fácil, após a captura atormentada de Cesare Battisti”. O italino Battisti, considerado terrorista, viveu por anos no Brasil fugindo das autoridades italianas e foi preso na Bolívia em janeiro.

A reportagem afirma, ainda, que o Tribunal de Recurso definiu que De Matteo deve se apresentar às autoridades italianas uma vez por semana, “ilustrando o risco zero de um possível voo do advogado da Itália, que está convencido de que ele não tem responsabilidade na investigação de fraude” pelo qual é acusado no Brasil. Clique aqui para conferir a reportagem.

Já a matéria no Cronache della Campania diz que o caso “está assumindo características de uma perseguição”. Os advogados de defesa de Renato declararam ao jornal que o cliente “é vítima de uma flagrante perseguição política que representa um verdadeiro ultraje aos princípios sagrados que inspiram o direito internacional e o tratado de cooperação em matéria penal que vincula a Itália ao Brasil”. Clique aqui para conferir a reportagem.

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